ALÉM DO HORIZONTE
E ali sentada
contemplando a paisagem
não sei bem que pensamentos lhe ocorriam
nem em que devaneios partia
e recuei com respeito
para não ofender sua paz.
Era um quadro delicado
Na areia branca, na água mansa, nos barcos ancorados
e até mesmo nela
tudo era mágico
etéreo
harmônico
suave...
Assim passaram-se horas
de um contemplar calado
que eu nunca soube explicar...
De súbito, como uma palavra que aprende a ser falada,
Ela se ergueu,
soltou as cordas de um barco
como quem desfaz um mero laço.
Despreendidamente, ele flutuou,
lentamente,
rumo ao canal
ao encontro do mar.
Na areia branca, a moça de branco
via a vela branca se afastar...
entre o infinito azul do mar
entre o infinito azul do ar
seguindo horizontes
e algum segredo indescritível...
Eu a vi em um disfarce
lavar sua lágrima
nas águas salgadas da lagoa
como quem oferece à distância
um fragmento perdido
ou um elo indivisível...
E então minha alma voltou sorrindo para mim
tão plena, tão lírica
sem mais nada falar
e sem nunca mais, lá, voltar,
feliz por deixar seu verso
navegar livre e tranquilo
nas águas profundas da inspiração...
( Meu coração nunca abadonou aquela menina. E enquanto eu durmo profundamente em noites enluaradas, os pescadores dizem ouvir uma menina a chorar quando as águas da lagoa inundam o mar)
Ela quis ir à lagoa...
Pisar areia
Ver os barcos
numa manhã clara
de sol, árvores e sombras...
E ali sentada
contemplando a paisagem
não sei bem que pensamentos lhe ocorriam
nem em que devaneios partia
e recuei com respeito
para não ofender sua paz.
Era um quadro delicado
Na areia branca, na água mansa, nos barcos ancorados
e até mesmo nela
tudo era mágico
etéreo
harmônico
suave...
Assim passaram-se horas
de um contemplar calado
que eu nunca soube explicar...
De súbito, como uma palavra que aprende a ser falada,
Ela se ergueu,
soltou as cordas de um barco
como quem desfaz um mero laço.
Despreendidamente, ele flutuou,
lentamente,
rumo ao canal
ao encontro do mar.
Na areia branca, a moça de branco
via a vela branca se afastar...
entre o infinito azul do mar
entre o infinito azul do ar
seguindo horizontes
e algum segredo indescritível...
Eu a vi em um disfarce
lavar sua lágrima
nas águas salgadas da lagoa
como quem oferece à distância
um fragmento perdido
ou um elo indivisível...
E então minha alma voltou sorrindo para mim
tão plena, tão lírica
sem mais nada falar
e sem nunca mais, lá, voltar,
feliz por deixar seu verso
navegar livre e tranquilo
nas águas profundas da inspiração...
( Meu coração nunca abadonou aquela menina. E enquanto eu durmo profundamente em noites enluaradas, os pescadores dizem ouvir uma menina a chorar quando as águas da lagoa inundam o mar)
Carmem....Vou seguir sempre suas andanças por essas trilhas poéticas.
ResponderExcluirMario
Olá, Carmem... Vim lhe desejar um belo percurso poético.
ResponderExcluirBia
Espero ansiosamente por mais uma postagem sua.
ResponderExcluirMario
Onde
ResponderExcluirEncontro
Essa Menina...
Nessas lagoas desse meu mar...
Quero que solte
As amarras deste meu barquinho...
Para que vá lhe encontrar...
Quero tomar
Entre as minhas
Suas mãos pequenas
E alí depositar meus sonhos
Minhas dúvidas e desejos
E se Ela aquiescer
Quero ficar... Permanecer...
Entender seus horizontes...
Cantar suas cantigas
Quero amá-la...E ser
O Anjo em seu dia...
O vento em seu rosto...
O carinho onde repouse
A despedida do dia...
Quero velar teu sono
Amando quando despertas
Não quero que chores...
Não mais velejarei
Minha Ancora
Meu porto
Sereia...
Achei...
Essa
ResponderExcluirMenina
É um porto
Sem
Uma ancora...
Essa Menina é um porto... Que precisa de uma Ancora...
ResponderExcluirEssa Menina
ResponderExcluirAgora cresceu
O tempo passou...
É uma mulher linda
Feita toda de sonhos...
Em sua textura original...
Vive nas águas de seu Mar
E ele como eu adora seu canto
Vem seus pés refrescar
Na tarde quente
Com carinhos
E cuidados...
Sou a ancora que VIVE...
E depositei-me a seus pés...
A vejo e admiro é linda
E continua Menina
Mas é mulher
Nem me vê...
Não sabe
Ancora eu sou...
Aqui neste mundo
Mas em meu Universo sou um SER...
ELA É POESIA
ResponderExcluirÉ mulher
Mas é Menina...
Ela
É menina
Mas é Mulher
Além de Poetisa é Musa...
É Poesia... E possui
Uma Lagoa Prateada
E um Mar para cuidar...
Além o Mar é um porto...
Para esse Amor
Que velejou
Nas nuvens
Em seu olhar
Guardou remos
Recolheu velas
Folga à tripulação
Hoje o quarto dura o dia
E Ela é o seu sonho inteiro
O apito toca pedindo
Licença a embarcar
Lhe estende a mão
Ela passa leve
Nem o chão
Se aproxima
É um sonho vero
E belo tanti sogne
Adesso i lei voglia cantare
La voce in tuoi cuore guardia amore
I un bacio dulce emana sulle
Loro mani niveas...
Não
ResponderExcluirSei bem...
Se naquela
Manhã Ela foi à lagoa
Ou a Lagoa se foi até Ela...
As vezes a realidade
Não é a mesma
Ela dormia
E sonhava
Ou o sonho a vivia...
E assim a Lagoa Prateada
Subiu nos seus sonhos
Adormecendo...
Tomou o Lugar
Da Lua
E se refletiu
Em doce realidade...
É distante
E se distancía ainda mais
O barquinho sem amarras
Num raio de luz
Deixou o canal
E viaja
No céu
Ao encontro da Amada
Que nas areias
De sua Lagoa
Nos céus
Olha
E ilumina com o olhar
Seu Mar
E o seu Amado...
No Leme...
Na Pedra da Sereia
Adormecido
Sonha...
Além
ResponderExcluirDo horizonte...
Na imensidão estelar
Vive o meu Amor...
Em sua Lagoa Prateada
Enorme nos Céus
Olha a terra
Distante
Azul
Linda e sente seu Amado
A sonhar na sua Pedra da Sereia
Leme... Monte encantado...
À beira-Mar...
Quem pode suspeitar
Que alí mora
Um Amor grande assim...
Que nas noites...
De mar calmo e névoa baixa...
A Sereia deixa sua Lagoa nos Céus
E vem até o seu Mar iluminado
Encontrar o seu Amor...
Trocam juras e se Amam
Esquecem sua condição de seres
O Amor intenso desfaz o tempo, perdoa
O passado... IMAGIA o futuro
E, imprime em seus genes
Todo esse encantamento...