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Mostrando postagens de 2011

O ANO NOVO CHEGA COMO UM BALÃO

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`As vezes , um coração pode até parecer velho... Pode olhar para o céu e pensar : não se pode tocar as estrelas! E com saudades, até de alguém ainda não conhece, Se empolga em mostrar que em tudo existe leveza. Assim chegou esse ano um balão branco sobre a praia... Coração acalorado, descrevendo um encontro entre a nova e a velha alma... Trouxe flores, e emoção para saudar Imenanjá Palavras, que nem mesmo o mar ainda entende. Chegou o coração, escondido de Reveillon... Chegou ofertando ao mundo o que ele mais sabia: Calor e leveza de quem aprende e ensina Trouxe as asas de um anjo, o sorriso de um novo menino, Trouxe o amor com que se prepara a massa de um bolo E, mais que o mundo, trouxe o toque da mão amiga O mar e as crianças são os primeiros a lhe sorrirem Em suas ondas e corridas, o tempo não existe! E o balão, a se abrir, a subir, Vai , aos poucos, se despedindo da terra... Com tanta emoção impedindo a clareza, Que distinção se pode fazer na lucidez do h

LAÇO, FITA, NATAL,FESTÃO

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Guardo uma foto de minha filha: Junto a ela um pé de laranja lima _ Laranja da terra que meu pai plantou ! Poderia ser uma decoração qualquer... Se ele não me falasse Do fundo daquele quintal. Parece difícil explicar para alguém Que eu gostava de ali ficar, Imaginando aventuras em outras galáxias, Ou, então, montado num poderoso alazão. Era aquele pé magrinho, que ouvia quando a tristeza Batia-me e, por Beatriz, mais uma lágrima da alma Saltava-me, E em seus galhos caía. Certa vez, era Natal. Todos lá em casa ganharam como presente Bonecos de Papai Noel. Meu pai, coitado, não tinha imaginação ! Parecia que ele se encantava com aqueles bonecos mais do que poderia . Parava, comprava, e nos dava com alegria o que parecia lhe fazer feliz. Meus irmãos agradeciam, mas, logo, deles se desfaziam. Eu os pedia para mim. Eles morrendo de rir me davam seus bonecos... Até os gatos sumiam apavorados, talvez imaginando Coisas que não existiam, enquanto eu colecionav

PRANTO NEGRO ( ASTERISMO)

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DEDILHADO

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Quando abro meu piano O que toco e dedilho É tua melodia em meu corpo Em pianíssimo me allegro Pela cadencia harmônica Em que desliza o tato ao dedilhado Entre as teclas Andante apassionato Sonoros suspiros e pausas O tom do compasso? Crescendo Vivace Presto E novo ritmo Acelero , Sforzando jazz Spiritoso acorde Bate junto Scherzando com me Tempo, contratempo Braços, mãos, pernas Sustenidos! E no momento da valsa Grazioso Súbito leggero Più leggero .Leggerissimo. Silencio... Melodia em êxtase Erguem-se as mãos do teclado Marfim e ébano suados Pedal liberado O movimento mais sublime É nossa sinfonia sem tempo e sem fim Suspiros....aplausos Repertelo Da capo al finale!

PRESTÍGIO COM SEDA

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PRESTÍGIO COM SEDA Prestígio com seda ... Fim de festa e solidão Meia fina. Festa da melhor amiga. Conto, desconto... Confesso: Nem sabia o que era! Lançamento de livro... Charmosa emoção. Muitas pessoas e detalhes: estante, tijolo aparente... Escrevo tanto, quando será minha vez naquele ambiente? Quadro de parede... Garrafa de vinho... Prateleira, pães e queijos. Cadeira amiga e uma farpa escondida! Música de talvez: Violino... Tudo o que faz pensar em nós. Aquele aconchego... E nós dois a sós. Tolices! A vida é palavra cruzada e papel. Mas, mesmo assim, adorei lembrar o teu sorriso. Dos teus limites... De teus olhos tristes olhando o céu. Lembrando vim andando na calçada... Prestigio e privilégio em se usar roupa de seda: É apenas mais um tecido com sede de você, que acanhada Lanço ao corpo, como se lançasse ao leu. Calçada... A meia fina já rasgada... Sapato dolorido e apertado meu pé. Sabe como é que é... Tão vazia é a vida sem

TUA ALMA É O ENCANTO DA MINHA

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A alma também pode ser efêmera... Como são, as promessas vãs que fazemos a cada momento. Pode ser tão nua a se contentar apenas... Com um encantamento. Esconder beleza, num suspiro de alegria, Decifrado em palavras bem intencionadas, Que banham o fundo de nossa calma, Pela nitidez e leveza com que são faladas. A intenção sincera do gesto... É para dizer que a amo tanto, E que só a intenção de amar basta e sacraliza. O que pode ser mais infinito do que palavras se despindo...? E o que pode ser mais brando, que teu olhar a dizer bem mansinho... Se a tua alma é todo o encanto da minha...? CARMEM TERESA ELIAS E DE MAGELA

PRIVILÉGIO

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Privilégio é quando a natureza se enamora... Um pássaro que canta para chamar você de volta Deixando uma pergunta no ar: Para que ficar nas nuvens se teus segredos passam por aqui? Privilégio é quando a natureza se enamora... Mas desdobra num sorriso, porque você irá chegar. Esquecendo o frio repentino que faz em dezembro De frente do mar. Privilegio é o silêncio de uma foto... Fazendo ir tão longe à solidão, Que mesmo apertando o vazio Eu a sinto em meu coração! Privilegio é poder te amar assim: Não menos egoístas, nesta indolência honrada, Onde as manhas nascem azuis, os pássaros ficam distraídos... E de ti, eu me enamoro, parecendo perder o juízo. De Magela e Carmem Teresa Elias
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Há caminhos que só o amor responde... Das geleiras às primeiras corredeiras, um pequeno rio faz julgo ao seu corpo. Onde a pele da terra só pode ser escondida pelo leito das águas, lá naquele pequeno mundo, o primeiro momento de um amor aflora. Na natureza e no coração do homem a diferença será sempre a intenção. Pois, é da neve que se solta o desejo mais ardente do verão. E da noite em que se toca a transparência mais aquosa que se investem as mãos, envolve-se a montanha... A seguir a explosão! Serpenteiam os desfiladeiros enquanto aos beijos, os vales pecam o pecado dos céus... É que há em tudo uma contradição: que afeta longe... Qual nuvens altas sob os pés o curso do rio chega ao fim. Dá-se a montanha por vencida! Mas um desejo leva a outro... e outro e outro.... e, ao longe, uma enseada indaga um rio: Onde estão as águas que ao mar completam mas também não bastam? Há coisas que são tão próximas que se pode tocar. Outras são possíveis, mas há

O TEU BEIJO LEVA A OUTRO, E OUTRO E OUTRO...

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O teu desejo leva a outro e outro... “Sete necessidades são básicas,” Disse o filósofo. Mas não explicou, por que um desejo leva a outro... Por que te desmereço num olhar imemorável. Anima e animus... Segredo no meu gosto! Tudo o que quero trago claro no rosto Mas tenho medo de dar-te o desgosto. Preciso do teu café... Se ele for a explicação do que vejo Deve haver naturalidade, num sorrir de verdade E não no doce do teu beijo! Brinda com ele a fé que há no inverno... Porque o desejo do teu doce leva a outro, e outro, e outro... De repensá-lo, posso gozar neste teu céu... E conhecer o teu inferno. Carmem Teresa Elias e De Magela

COMPREI ROSAS, POSSO TE DEDICAR UMA?

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Comprei rosas, posso te dedicar uma...? Comprei rosas amarelas, meio desajeitado... Qual cor você gosta? Ela riu como se fosse um verso. Aquela rima que vem envolta de claridade, cheia do receio de voar, E que repentinamente se solta. As rosas eram doces e sem iguais. Não escondo o que sinto, o carinho que me aflige Entre os espinhos que vou abraçando... Despindo das dores o dizer de jamais! Agora o acaso é meu... Acordar de madrugada e te pensar na água fria do mar. Jogar as rosas... Dizer algo além da saudade. Mostrar que o meu carinho é maior do que se possa pensar. Se nasce assim desajeitado... Se rima com teu verso... Se comprovo abraçando a madrugada... É porque te adoro mais que a dor do verdadeiro amor! De Magela e Carmem Teresa Elias

BEIJA MÃO

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Beija-mão Esvaziado de sentido... Fui buscar espanto na curiosidade. Moderação, ela disse. Deve-se seguir o cerimonial da verdade. Dos olhos dela, a fina flor exaltava... Poesia leve e sincopada. Beleza, capricho da palavra! lisura e emoção suavizada... Curvo-me à distinção que o amor faz de mim, Quando harmoniza em gestos o sentido que havia colocado meu olhar no chão... Da vida, nessa sensação aflita: beija-mão... E, reinante, mantém minha devoção assim. Montanhas ergueram-se nos mares quando a terra ainda era só uma ilusão. Buscando teu amor, esvaziado de sentido, mesuro a intenção da investida ... Verifico que a saudade, de nós é a que mais fala, Em sua dissimulação, arranca do peito o meu coração! CARMEM TERESA ELIAS E DE MAGELA

TOLEDO

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Toledo Deslocado no tempo, lançado vela no ar... E os ventos que vinham fincando bandeira além-mar. Que a alma aberta, perguntava sem alvoroço: Que veste era aquela a lhe rodear todo corpo? Usava um vestido vermelho estampado com folhas em trevos brancas, Benditos trevos de cinco folhas, que nesta altura não me saem da lembrança. Trevos, flores do corpo que nascem assim normais... E nela agachava, emergiam fazendo cava, almejando as janelas deste navio. Não eram um simples trevos...! Parecia um jardim inteiro quando seus ombros ficam de fora. Tomara que caia na largura dos cinco dedos... Mostrando o sulco da ossatura a arrepiar novos medos. Cuja saboneteira enchia de mais desejos... Ela imaginava as hélices dos moinhos de sonhos de Toledo. Eu navegava a fantasia que unia... Seus moinhos em meus dedos. Carmem Teresa Elias  e De Magela  Poesia inspirada em capítulo do Romance escrito por CARMEM TERESA ELIAS( registro de direito autorais e ISBN da autora

INACABADA

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INACABADA Há muita coisa inacabada dentro de mim, e você é uma delas. Na geografia desse mapa, faltam as nuvens altas, e relevos. E aqui dentro, nesta história... Falta a loucura de um quase-romance. Momentos que se perde a cabeça deixam seus muitos traçados... Linhas sem definição de olhares improvisados! Mares a gritar sem terem seu unguento. Toda essa calma a mudar minhas ideias, te confesso; não aguento! Não há vento que seja metódico! Não há beijo com planejamento... Não há vida, quando é o personagem quem nos altera e, Como montanhas altas da lembrança do descontentamento! Não há tempo que adapte mudanças que não deixam repensar teus traços. Registre esse fato amor: nuvens altas, precipícios das incertezas... Há muita coisa inacabada me deixando assim e, O que farei sem teu abraço Carmem Teresa Elias e De Magela

CARTAS DE UMA RAINHA

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É sabido que a formação deste enlace... Elege apenas páginas que sustentam um olhar! Convém propagar mais sentidos e inserir satisfações, Cuja fatalidade meu coração não possa ignorar. Ela discorria com classe, e os seus olhos retumbavam em lágrimas. A razão suprime o exuberante, mas não consegue cortar Do peito a dor e a cor... Não consegue perdoar a discrepância que há na saudade. Dizia mais: O imperador dos tempos modernos é o desejo! É ele quem cobiça e subverte os sentidos com falsa moralidade De que eu não te quero mais! Mas ainda nuança os velhos gemidos... Façamos melhor! Sejamos mais que poetas a mastigar política. Mudaremos a ordem dos partidos! Meu senhor! Cria em mim a liberdade. Seja a chave capaz... De decifrar qual soberana é a palavra amor. De Magela e Carmem Teresa Elias

Cartas 2

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Cartas O que inquieta é realmente saber o que sinto...! Não é sentimento que possa incomodar alguém, Nem um verso que faça um leitor atento Compreender o meu absinto. Saiba que, nossos prantos e cartas... Nunca formam um texto. Colocados juntos não justificam, porque a vida é quase nada. Não há necessidade de traduzir o lado bom de nos dois...! Não há muito que aprender quando se fica apaixonado. O que sinto quer muito misturar-me nos seus versos! Quero reconhecer, quais pronomes ficam ali possessivos... Quer redirecionar seus gerúndios. O que faz sentido realmente em mim, é poder ler baixinho em seu ouvido, Num sentido exato que algumas coisas devam dizer: Eu amo muito amar você!   Carmem Teresa Elias e De Magela

CARTAS 1

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Mãe Que Inspira Suspira Satisfação

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Feliz Aniversário!                 Uma homenagem a Carlos Drummond de Andrade e aos filhos da poesia Interessante, dramático e instrutivo: Os momentos exagerados que ficam diluídos. Sinais definidos na vida que parecem labirintos... Festa em família, surpresa dos contentes! Pretexto para ajuntar velhos e moços... Resmungões e insatisfeitos. Noveleiros tagarelas com insubordinados motoqueiros... Os brigados, os malvados e os deprimidos até o pescoço. Hoje é dia de comemorar! Comer memórias junto com as pizzas, Relembrar bregas e suas fotografias num cachorro-quente. Tatuagem da vida, desde quando se rezavam as missas. Cheese com sorriso! Batatas fritas lambuzada de adolescente... Lábios de queijos derretidos, Sorrateira expressão, que só fica latente em uma lente. Zoom! Repentinamente um foguete. É a vela faiscando e colorindo toda a mesa. Parabéns! A hora do bolo não carrega qualquer incerteza... Quando os flashes clareiam os sorris os e os brincos de pri

ESCREVER É UMA ILUSÃO! UM FILME QUE O CORAÇÃO ASSISTE...

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Ah! Lembraste de mim...! E minhas lembranças somam-se às tuas. Deste elo que sai por metáforas... Das frases curtas de poesias com perdão. Escrever é uma ilusão! Como um filme que meu coração assiste... Quando das formas eruditas, se extrai a película. Teu rosto faz as melhores cenas... Tua alma não nega, mesmo em fantasia, mais esse abraço. Mas o teu olhar não é um filme que se escreve! Quem sabe sem essa platéia solitária da minha ilusão...! Deste cinema mudo: Chaplin, música e do lirismo que está meu coração... Em meio às contas, cedo o tempo para de ti estar perto... Com a ilusão que se dá ao perdão e a fantasia! Memória sem cansaço! É nesta página branca do amor e de poesia, que te deposito o meu abraço. De Carmem Teresa Elias e De Magela

FLORES AO CHÃO

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Flores ao chão As flores caíram ao chão... A dor que veio não foi porque se despedaçaram. Não foi porque foram apartadas do seu porto seguro... E pelo que foi feito de suas cores. Foi porque traziam a lembrança do teu amor! Aquele amor que se vestia de espinhos na primavera Cujo fruto amadurecido alimentava tantos sonhos De minha quimera. Flores também são livros... Por elas conseguimos ler o que vai ao coração de alguém. São mensagens refletidas em meio ao nada A consagrar o carinho que se tem. Busquei juntá-las em outro vaso... Desta vez reguei com lágrimas... Só lágrimas abrem as portas da verdade Só com lagrimas se corrige a natureza humana. Carmem Teresa Elias e De Magela VB03/2011

SÓ QUANDO

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Só quando... Só quando... De uma forma extraordinária Uma pomba perguntou do meu amor... O amor pode ser uma teoria, Um bramido ou uma nova dor. O universo é feito de pequeninas partículas, Do motor perpétuo de coisas não cientificas Impulsionadas apenas por uma única energia... Ela estremeceu. Muitas ciências existem para decifrar isso, tendo apenas nas mãos Lápis e um pequeno papel rasgado. No horizonte de muitas sabedorias morais e dos conceitos Que sempre se coloca de lado. Poderá você me ensinar a amar...?! Filosofia quântica tenho para explicar... Mas a vida me deu apena uma resposta: Só aprendemos a amar, quando aprendemos a cantar! De Magela e Carmem Teresa Elias VB O2/2011

DISCREPÂNCIA

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Discrepância Em minha cabeça não cabem essas estórias... Só passa um rio que derrama pela boca, deixando a secura de não conceber o mar! E comparado a você sou pobre. Não falo da pobreza que tem o desejo de aprender com a paixão...! Nem entendo a linguagem de seus beijos... A tradução que essa fascinação causa  não tem humanidade! Não recebo o convite do seu olhar e tudo soa tão mal... Por isso, só bebo a discrepância da sua ausência. Água fria derramando que não chega à boca...! Defeito de quem ama e, é absorvido pelo drama. Ando nu: pobreza dos poços que se fecham sem rios! História a se conter, palavras que rimo sem lhe dizer. Que esta é minha tristeza, sem margem e sem final. De Magela e Carmem Teresa Elias

LEVEZA

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É MA BELEZA DA ALMA QUE SE MANIFESTA A LUZ MAIS INTENSA. Carmem Teresa Elias É NA BELEZA DA ALMA QUE SE MANIFESTA A LUZ MAIS INTENSA (Carmem Teresa Elias)

MENINA COLORIDA

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Às crianças desse Brasil, do mundo e em todos nós Mãozinhas coloridas De menina Maneira mais linda De se fazer fantasia Mãozinhas coloridas De menina Toque mais puro A inventar travessuras Sorriso aberto Na menina Maneira mais linda De colorir a vida Sorriso colorido De pura fantasia Travessura mais viva A alegrar a linda menina

MENU

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Pranzerò e, oggi è giorno caldo. Presto chiederò un'ode alle parole frementi Affinchè essere capite possano Quando al tempo saranno servite. Per il dessert : un sorbetto con gusto di nostalgia La stessa nostalgia di freddo e ghiaccio... La stessa sensazione... Di quando m'hai detto addio e sei partito. Forse qualsiasi cosa di così freddo doveva venire insieme a qualcosa di bollente Ma io mi servirò di tuo calore con pianto freddo: Ciliegie sole addolcite all'amaro. Ancora una volta il gusto lasciato al tramonto dell'amore! Oggi fa il caldo delle parole inghiottite senza addio Parole bevute alla folia e temperatura ambiente! Quando delle lacrime se aspira una vita piena di illusioni Rimane in bocca il gusto sentito delle scelte.                          DE MAGELA E CARMEM TERESA ELIAS                         Versão para o italiano por Carmem Teresa

CARDÁPIO

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CARDÁPIO Vou almoçar e, hoje o dia está quente. Logo pedirei uma ode às palavras frementes. Para que sejam entendidas Quando servidas ao tempo. De sobremesa: um sorvete com versos de saudade. A mesma saudade fria e gelada... A mesma sensação... Que ficou quando disseste adeus e partiste. Talvez algo tão gelado mereça estar acompanhado de algo fervente, Mas servir-me-ei de teu calor com um pranto frio, Simplesmente cerejas adocicadas no amargor. Repetindo o sabor que ficou do amor quando a noite caiu! Hoje o dia está quente pelas palavras engolidas sem despedida. Bebidas ao desatino e à temperatura ambiente! Quando a vida é de lágrima sorvida, e cheia de ilusões... O paladar dá um tempo pelas escolhas sentidas CARMEM TERESA ELIAS E DE MAGELA

PRESENZA

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Non c’è solitudine in mare Neppure c’è il buio nella notte Ci sono le stelle e delle parole che brillano argentee _ E comme sono cosi più numerose! Come più permanenti Della nudità sola e ardente del giorno   Ci sono parole Che imitano il gonfiarsi del mare Per non lasciarci mai dimenticare Le voci che sono morte nel mare Le voci che sono morte nella notte   Ma non c’è solitudine in mare Neppure c’è il buio nella notte   Solo la Presenza é sentita lá Tranquilla ed intensa Piena Al di là di me Nel silenzio d'oro dell'anima Che brilla senza parole. Solo la Presenza è sentita Sopra la solitudine del mare E il buio della notte.

ÂMBAR

Perder-se-iam os prantos Enquanto os prantos eram macios... Da criança, diriam, que o chorar se fazia pelas coisas mais tolas. Mas são nos troncos que se guardam esses prantos São prantos do âmbar Duradoura seiva do coração dos meninos. Quando o amor se cristaliza, Das desavenças desmortalha-se a resina. Todo pranto vertido e contido Brilha, transparece, amadurece Na face fina, no olhar macio No colo limpo Em que homem e mulher se fazem abrigo Ao suor, à lágrima, ao beijo sentido. Quando se ama Todo sorriso é um sorriso macio Reserva e essência dos pinheirais É coração de menino Resina, que não se desmancha, não se perde jamais.

DESMAIAR COM UM BEIJO QUE DÓI TANTO

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Desmaiar com um beijo que dói tanto Bom dia, ausência! Por que será que essa angustia nunca chega! Às vezes, a saudade dói tanto Que dá até vontade de bater! Mentira! É só presunção... O que terá a dizer? Inventará desculpas, talvez... E trará mais chocolate, então? Melhor ficar calada... Fingir que a mágoa não importa nada. Seguir conselhos de amigas, Nem perguntar do atraso. Ai, que abstinência! Angústia da cama vazia... Vontade de rebater este pranto E desmaiar com um beijo que dói tanto.        Carmem Teresa Elias e De Magela ( composição em parceria poética on-line)

ABSTRAÇÃO DO SAL

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Abstração do sal Teus beijos trazem uma dor inserida... Na intenção de outros beijos excedem ao amor, Causando com versos outra ferida. Sem explicar porque morrem depressa, Tocando lábios com textura incerta, Trazendo mil vontades; brisa encontrando a porta aberta... E o tempo passando, tal qual, fera embravecida, Quanto mais o coração vai pedindo calma é que se destranca a vida. E pela falta de harmonia, carinhos se comprimem numa espera tão sofrida. E teus lábios vêem morrendo a vontade na abstração do sal, Fazendo que minha boca envelheça esperando sua chegada, Sem tempo de entender porque te amar faz bem e mal.                        Carmem Teresa Elias e De Magela  ( v.2)

DOIS ESPETÁCULOS E UM ENCONTRO COM O MAR

DOIS ESPETÁCULOS E UM ENCONTRO COM O MAR                        (Um comentário crítico e comparativo sobre dois eventos artísticos )                    por Carmem Teresa Elias reeditado em 28/08/2011 Duas obras artísticas atuais em exibição no Rio de Janeiro são muito felizes na utilização da temática do mar na construção e desenvolvimento de suas metáforas cênicas: o filme “Árvore da Vida” e o espetáculo " Sem Mim " do consagrado grupo de dança O Corpo . Em ambos, o desenrolar de expectativas, sentimentos, buscas, frustrações, encontros,desejos,amizades, amores, questionamentos mais desconhecidos e inquietantes com  indagações e respostas, enfim, elementos que permeiam a natureza humana, alcançam e realizam uma expressão libertadora e integralizadora no encontro simbólico do homem com o mar; encontro esse que se estabelece nos planos individual, social e universal. No ballet, vemos apresentações em crescendo de tatuagens, peles, ondulações corporais lapidadas, ora

EM REVERÊNCIA

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Acordei cedo Em gesto de reverência à vida Queria ver como as flores Despertam e saúdam seu dia As flores, tão mais belas, tão mais jovens, Nem sentiam que eu estava ali Só sabiam sorrir para Ele... E fiquei só, na compreensão do momento Mas ele sempre fica longe, tão longe do alcance E do sentir...Aos poucos fui recebendo o perfume Das flores, recolhendo, respirando Ao fim do dia, Virei fragrância de luz Mar beijando o crepúsculo!

EXPRESSÕES, E NADA MAIS...

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Não vai ser pera doce, não.. Estamos feitos ao bife Voltando à vaca fria, Você deu uma de barata tonta e me deixou com um balde de água fria Fiquei de mãos a abanar cabeça de alho choco e uma imensa pedra no sapato Até descalçar essa bota e ter pernas para andar vou indo em frente com cabeça , tronco e membros E pode tirar o cavalinho da chuva.... Se você vai passar-se dos carretos, ou se vai aos arames, Não engulo mais os sapos nem meto os pés nas argolas Simplesmente use as pernas para andar!!!!!! ou não vai jamais sair da corda bamba....

CAFÈ NOIR ..RENOIR

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.RENOIR... Carmem Teresa e Walter de Arruda Não... Não consigo Por mais que faça Desviar teus traços, Musa Minha que desejas tanto me amar E na tela que emerge entre as águas De tuas lágrimas, nosso pranto Surge imenso, doce e, belo Nosso Amor em luz É claro e nunca Poderá existir No nosso SER *** Telas de Renoir google/imagens Carmem Teresa Elias e Walter de Arruda www.poesiasdecarmemteresa.blogspot.com www.poetasdelmundo.com/verinfo.asp?ID=7316

RENOIR...PARIS...

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RENOIR...PARIS... CARMEM  TERESA E WALTER DE ARRUDA Sobre As canções A Lira entoava Cores plenas de vida Que de suas telas flutuavam... Danças... Bailados... Conversas Burburinhos... Segredos... Moças lindas Refletidas em águas do Senna E maresias vizinhas Nas águas doces E salgadas Uma mão Se dá à outra Tons nas imagens Autoras dos sonhos... Deste se iam a cintilar Bosques... Cafés... Parques... Ateliê... Cantos... Iluminados... Com ou sem toda essa luz Ali mora sim o Infinito A que o Artista dá cor E iluminação... Com desejos Coração Amores... Tanto Amou...Tanto Amou...                                                                  ( Composição de 2009)                                                                      ( imagens Google)

PEQUENA LIÇÃO DE HISTORIA

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Tupã Wayaná Kaimbé Guajá Caiapó Ajurú Tupi Pataxó Javaé Marubo Deus Naus Cabral Portugueses Catequese Anchieta Corte Real Capitania Extrativismo!!!!!   Independencia???? Marriot Windsor Uncle Sam Empire Globalization Abroad Delete! Oh, my GOD!!!!!!!!  

PERTO DE TEUS OLHOS EU ESTOU EM CASA--PERFIL

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PERTO DE TEUS OLHOS EU ESTOU EM CASA - PERFIL Em meu ser lutam e convivem tantos outros, estranhos perfis, Que nem sei se ao menos sabem de mim... Ouço suas vozes e seus gritos. No silêncio, o desespero, desses corpos aflitos. As perguntas são muitas, Mas temo não responder... Sou uma confluência destas vozes Que clamam por vida, na ausência de apego Na forma de dor mais apertada...! Nos sentimentos que só em mim são visíveis...! Na saudade, na solidão, no flagelo... Na volúpia das figuras inumanas descontroladas e sensíveis! Não sei mais se é assim...! Não sinto mais o gosto das coisas... Não separo o medo intruso Para que o amor simplesmente vença! Na fúria da aceitação, ou na mansidão da recusa, Atiro palavras a ti, porque em tudo és o meu mar... É o momento que vence o silencio da noite Para recriar absurdos! É o verdadeiro poema e eterno... Que a vida resgata em poesia, Quando perco a coerência dos teus olhos So

PRIMEIRAS PALAVRAS...A MEU POETA

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O coração Quando se depara com o amor Se reconhece E Quer logo falar Em sua expressão mais bela Usa todas as palavras Em poesia mais plena... completa   E ao se ver E depois se ler Lembra-se sempre Da mais linda noite de todas as noites Quando o coração se declara poeta E o amor à Musa amada se confessa   ( UMA HOMENAGEM AO POETA WALTER DE ARRUDA )   ( Recanto das Letras e Poetas del Mundo)