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Mostrando postagens de dezembro, 2011

O ANO NOVO CHEGA COMO UM BALÃO

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`As vezes , um coração pode até parecer velho... Pode olhar para o céu e pensar : não se pode tocar as estrelas! E com saudades, até de alguém ainda não conhece, Se empolga em mostrar que em tudo existe leveza. Assim chegou esse ano um balão branco sobre a praia... Coração acalorado, descrevendo um encontro entre a nova e a velha alma... Trouxe flores, e emoção para saudar Imenanjá Palavras, que nem mesmo o mar ainda entende. Chegou o coração, escondido de Reveillon... Chegou ofertando ao mundo o que ele mais sabia: Calor e leveza de quem aprende e ensina Trouxe as asas de um anjo, o sorriso de um novo menino, Trouxe o amor com que se prepara a massa de um bolo E, mais que o mundo, trouxe o toque da mão amiga O mar e as crianças são os primeiros a lhe sorrirem Em suas ondas e corridas, o tempo não existe! E o balão, a se abrir, a subir, Vai , aos poucos, se despedindo da terra... Com tanta emoção impedindo a clareza, Que distinção se pode fazer na lucidez do h

LAÇO, FITA, NATAL,FESTÃO

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Guardo uma foto de minha filha: Junto a ela um pé de laranja lima _ Laranja da terra que meu pai plantou ! Poderia ser uma decoração qualquer... Se ele não me falasse Do fundo daquele quintal. Parece difícil explicar para alguém Que eu gostava de ali ficar, Imaginando aventuras em outras galáxias, Ou, então, montado num poderoso alazão. Era aquele pé magrinho, que ouvia quando a tristeza Batia-me e, por Beatriz, mais uma lágrima da alma Saltava-me, E em seus galhos caía. Certa vez, era Natal. Todos lá em casa ganharam como presente Bonecos de Papai Noel. Meu pai, coitado, não tinha imaginação ! Parecia que ele se encantava com aqueles bonecos mais do que poderia . Parava, comprava, e nos dava com alegria o que parecia lhe fazer feliz. Meus irmãos agradeciam, mas, logo, deles se desfaziam. Eu os pedia para mim. Eles morrendo de rir me davam seus bonecos... Até os gatos sumiam apavorados, talvez imaginando Coisas que não existiam, enquanto eu colecionav

PRANTO NEGRO ( ASTERISMO)

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DEDILHADO

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Quando abro meu piano O que toco e dedilho É tua melodia em meu corpo Em pianíssimo me allegro Pela cadencia harmônica Em que desliza o tato ao dedilhado Entre as teclas Andante apassionato Sonoros suspiros e pausas O tom do compasso? Crescendo Vivace Presto E novo ritmo Acelero , Sforzando jazz Spiritoso acorde Bate junto Scherzando com me Tempo, contratempo Braços, mãos, pernas Sustenidos! E no momento da valsa Grazioso Súbito leggero Più leggero .Leggerissimo. Silencio... Melodia em êxtase Erguem-se as mãos do teclado Marfim e ébano suados Pedal liberado O movimento mais sublime É nossa sinfonia sem tempo e sem fim Suspiros....aplausos Repertelo Da capo al finale!

PRESTÍGIO COM SEDA

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PRESTÍGIO COM SEDA Prestígio com seda ... Fim de festa e solidão Meia fina. Festa da melhor amiga. Conto, desconto... Confesso: Nem sabia o que era! Lançamento de livro... Charmosa emoção. Muitas pessoas e detalhes: estante, tijolo aparente... Escrevo tanto, quando será minha vez naquele ambiente? Quadro de parede... Garrafa de vinho... Prateleira, pães e queijos. Cadeira amiga e uma farpa escondida! Música de talvez: Violino... Tudo o que faz pensar em nós. Aquele aconchego... E nós dois a sós. Tolices! A vida é palavra cruzada e papel. Mas, mesmo assim, adorei lembrar o teu sorriso. Dos teus limites... De teus olhos tristes olhando o céu. Lembrando vim andando na calçada... Prestigio e privilégio em se usar roupa de seda: É apenas mais um tecido com sede de você, que acanhada Lanço ao corpo, como se lançasse ao leu. Calçada... A meia fina já rasgada... Sapato dolorido e apertado meu pé. Sabe como é que é... Tão vazia é a vida sem

TUA ALMA É O ENCANTO DA MINHA

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A alma também pode ser efêmera... Como são, as promessas vãs que fazemos a cada momento. Pode ser tão nua a se contentar apenas... Com um encantamento. Esconder beleza, num suspiro de alegria, Decifrado em palavras bem intencionadas, Que banham o fundo de nossa calma, Pela nitidez e leveza com que são faladas. A intenção sincera do gesto... É para dizer que a amo tanto, E que só a intenção de amar basta e sacraliza. O que pode ser mais infinito do que palavras se despindo...? E o que pode ser mais brando, que teu olhar a dizer bem mansinho... Se a tua alma é todo o encanto da minha...? CARMEM TERESA ELIAS E DE MAGELA

PRIVILÉGIO

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Privilégio é quando a natureza se enamora... Um pássaro que canta para chamar você de volta Deixando uma pergunta no ar: Para que ficar nas nuvens se teus segredos passam por aqui? Privilégio é quando a natureza se enamora... Mas desdobra num sorriso, porque você irá chegar. Esquecendo o frio repentino que faz em dezembro De frente do mar. Privilegio é o silêncio de uma foto... Fazendo ir tão longe à solidão, Que mesmo apertando o vazio Eu a sinto em meu coração! Privilegio é poder te amar assim: Não menos egoístas, nesta indolência honrada, Onde as manhas nascem azuis, os pássaros ficam distraídos... E de ti, eu me enamoro, parecendo perder o juízo. De Magela e Carmem Teresa Elias
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Há caminhos que só o amor responde... Das geleiras às primeiras corredeiras, um pequeno rio faz julgo ao seu corpo. Onde a pele da terra só pode ser escondida pelo leito das águas, lá naquele pequeno mundo, o primeiro momento de um amor aflora. Na natureza e no coração do homem a diferença será sempre a intenção. Pois, é da neve que se solta o desejo mais ardente do verão. E da noite em que se toca a transparência mais aquosa que se investem as mãos, envolve-se a montanha... A seguir a explosão! Serpenteiam os desfiladeiros enquanto aos beijos, os vales pecam o pecado dos céus... É que há em tudo uma contradição: que afeta longe... Qual nuvens altas sob os pés o curso do rio chega ao fim. Dá-se a montanha por vencida! Mas um desejo leva a outro... e outro e outro.... e, ao longe, uma enseada indaga um rio: Onde estão as águas que ao mar completam mas também não bastam? Há coisas que são tão próximas que se pode tocar. Outras são possíveis, mas há

O TEU BEIJO LEVA A OUTRO, E OUTRO E OUTRO...

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O teu desejo leva a outro e outro... “Sete necessidades são básicas,” Disse o filósofo. Mas não explicou, por que um desejo leva a outro... Por que te desmereço num olhar imemorável. Anima e animus... Segredo no meu gosto! Tudo o que quero trago claro no rosto Mas tenho medo de dar-te o desgosto. Preciso do teu café... Se ele for a explicação do que vejo Deve haver naturalidade, num sorrir de verdade E não no doce do teu beijo! Brinda com ele a fé que há no inverno... Porque o desejo do teu doce leva a outro, e outro, e outro... De repensá-lo, posso gozar neste teu céu... E conhecer o teu inferno. Carmem Teresa Elias e De Magela

COMPREI ROSAS, POSSO TE DEDICAR UMA?

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Comprei rosas, posso te dedicar uma...? Comprei rosas amarelas, meio desajeitado... Qual cor você gosta? Ela riu como se fosse um verso. Aquela rima que vem envolta de claridade, cheia do receio de voar, E que repentinamente se solta. As rosas eram doces e sem iguais. Não escondo o que sinto, o carinho que me aflige Entre os espinhos que vou abraçando... Despindo das dores o dizer de jamais! Agora o acaso é meu... Acordar de madrugada e te pensar na água fria do mar. Jogar as rosas... Dizer algo além da saudade. Mostrar que o meu carinho é maior do que se possa pensar. Se nasce assim desajeitado... Se rima com teu verso... Se comprovo abraçando a madrugada... É porque te adoro mais que a dor do verdadeiro amor! De Magela e Carmem Teresa Elias