EU SOU SETEMBRO




Naquele jardim repleto de flores,

Havia uma flor que, de retraída,

Exibia a extravagância de ficar na solidão...

Para as outras, aquilo não passava de traição.

 

Porque são as flores que colorem as casas...

E as casas se igualam aos corações:

Corações colorem a vida,

Mesmo quando não há guarida.

 

E as outras todas felizes...

Esperam na primavera o momento por serem colhidas:

Casamento, batizado, festas,

E pelo aniversario de outra flor mais querida.

 

Mas, daquela singela flor ninguém se lembra...

Não há amigos para almoçar, não há roupas novas.

Não há doces e sorrisos trigueiros a bailar pelo salão

Há apenas uma lembrança: eu sou setembro de coração!

 

DM/CTE.

 

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