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Mostrando postagens de dezembro, 2012

O ANO NOVO É UM BALÃO BRANCO EM TUAS MÃOS

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  Ciente de ter aprendido e ensinado com o amor   O coração foi conversar com o mar... E também levar flores Para saudar Iemanjá   Empolgado por mostrar   que em tudo existe uma leveza Queria uma resposta de volta, Uma esperança, um alívio, um sinal Por se lembrar de ti, assim como eu...   Chegou, escondido de Reveillon ... Dobradinho, amassado, como um balão branco ainda estendido no chão Retribuindo   ao mar o que ele mais sabia: Leveza e calor!   O mar sorriu : Não se pode tocar estrelas, Mas é possível descrever com alma Toda gratidão que se sente.   Para as ondas, tempo não existe! E como se sentisse saudade de alguém que nem conhece, mas sente, e   entende, O coração foi se despedindo   da terra... Balão branco que se abriu, inflou, evaporou....   Ano novo, Ano Velho Que distinção fazer na lucidez do homem? Para o tempo e o mar, a flor
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Pensei em um Natal assim     Pensei em um Natal diferente para nós... Diferente. Não como um investimento de todos os anos, Com a correria das compras e uma lista de chamada. Pensei em te ver sorrir.   De que serviria a esperança de pagar todas as despesas? De que serviria enfeitar a fachada da casa? De que serviria trocar o enxoval e Guarnecer a dispensa e a mesa?   De que me serviria acreditar em Papai Noel Se não fossem meus olhos desembrulhar Todas as ilusões? E tendo minhas mãos vazias de ti... Vazias do teu abraço e do teu sorriso.   Não quero outro Natal assim! Quero a alegria saindo da fantasia... Quero mais um tanto de crianças sorrindo... Te quero bem perto, pra ver esta noite sorrir!     Carmem Teresa Elias e De Magela

O QUE RESTOU DE PURO DO MUNDO

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O QUE RESTOU DE PURO NO MUNDO   Diariamente ele saía Surgia como inspiração Ou ilusão: Vestido de cores vibrantes Vestido do vermelho e do branco.   Importava-lhe, sim, as cores De uma, a vibração, a energia, a vida e a veemência Porém, era do branco que lhe revestia as mãos que ele mais se dignificava... A brancura absoluta das luvas, a brancura absoluta de espaços Cobrindo a palidez insuflada sob a pele.   O branco, pensava, não se pode sujar, E a palidez, bem, as luvas escondem...   Aqueles dias eram feitos de Tempo: Havia gritos eufóricos, sorrisos, alegrias, gestos de crianças... “ Mãe, lá está o papai Noel!” E ele , logo, perguntava: “O que você deseja , meu filho?” “ Um i-pod” Ele ria : modernidade indecifrável, pensava. E olhava nos olhos das mães Palidamente, Indagando se poderia confirmar aos pequeninos O recebimento do ‘ carinho’...   Papai Noel tem momentos assim Em que não sabe o

A SAUDADE É UMA CRIANÇA

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A saudade é uma criança   Assamos o pernil.   Gelamos o champagne e postamos a mesa, Como se fosse uma oração...   Poesia de Natal, talvez, mas foi que Deus serviu.   Adulei as crianças!   Sorri mais do que devia...!   Corri pelos cômodos da casa...   A procura de mais ternura e emoção.   Tive em mim mais um pecado: a ansiedade   Por ver aqueles rostos se alegrarem mais uma vez!   Por ver os mais velhos soltarem suas lágrimas,   Como se estivessem alimentando-se de perdão.   E por dentro, a cada laço que destrançava dos presentes...   Abraçava-te em cada um deles. Na boca o gosto do creme de avelã e panetone   Misturado ao peru assado, servido com frutas em caldas...   Para adoçar uma imensa saudade.   O olhar perdido junto a arvore de Natal, para lembrar-te dizendo:   Não haverá caixa fechada que um sorriso não abra.   E, depois de aberto, uma voz de longe vir re

QUANDO O GUERREIRO CEDE

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Quando o guerreiro cede   O acaso e o amor...   Sombra doce que vaga a procura de campos e flores,   Da chuva que só acontece na alma...   E se eu te amar agora; é acaso. Mas se casar contigo é destino!   Destino é o senhor de tudo.   Grande guerreiro que com nada se importa...   Despreza momentos de fraqueza e solidão.   Valoriza o que consigo dominar em meu coração!   Para alguns, acaso, destino e amor são coisas que vivem escondidas!   Não tendo rumo certo, necessitam de alguém que os viva;   Efeito natureza, na existência escondida.   É quando o guerreiro despreza, luta, perde e cede...   Ficaria meu amor a se vangloriar, por dominar essa guerra...   De acaso, do destino e da vida?   De Magela/Carmem Teresa Elias

LUCIDEZ DAS ÁGUAS

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    Quando o estado de união acaba   Primeiro parte-se uma realidade em duas   Findam-se as comparações entre dias e poesias   E perde-se a razão das chuvas e das metafóricas luas.     A cumplicidade ,em sonho ou ilusão,   É só mais uma metáfora de chuva:   O estado lúcido das águas ...   Brilho suave sobre a terra, ou destruição fatal   Mas a solidão faz o homem preferir as luas   Os sentidos impossíveis, as companhias noturnas   A indistinção dos sonhos e pesadelos   A pressa e a lentidão similares dos encontros enfadonhos   No meu entendimento de amor   Chuva fina e raio de luar   São comparações como dizer te quero em vida e também em fantasia:   Completude que jamais se rasga em duas   Até o triste dia em que um desentende o sentido...e do amor Sobram-se as metáforas   Divididas, rasgadas e incompreendidas Nascendo como minha não poesia.   Carmem T
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BENÇÃO   Vivo em mundo vago Proclamando incertezas ...tulipas negras !! Melhor ser livre, sem sentidos estabelecidos, sem clareza. Vivo sem você e de saudades acho até que até a saudade já morreu.   Parece inconsequente, apresentar-me assim Reclamando sua ausência É aí que apelo aos títulos, grandiosos, Buscando raridades na beleza maiúscula das tulipas   Flores que nunca vi Amor que nunca vivi Corpo, conteúdo, diferenciação ! Fazendo poesia da inconveniência da solidão!!   O que quero é falar de amor Do meu amor Por demais igual... Imenso, pequeno, feio , bonito, igual a todos.   Amor igual a qualquer jardim Junto a margaridas, rosas, pinhas e marmelos Para que não se pense que esqueci a nuance especial da solidão da tulipa Para que não se pense que eu não estou só   por ali...   Lendo, escrevendo, traduzindo lugares Para não fugir jamais do
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  VELAS ACESAS, GARRAFAS VAZIAS     É por metaforas que escrevo sonhos para nós.   Crio lugares...!   Desenho na sutileza de um amor   O que só se traduz nessa entrega.     Velas acesas em garrafas vazias de vinho...   E nem uma chance do teu sorriso.   Só restando a certeza...   Escrever sobre tudo, omitindo a clareza.     Metáforas para realçar tua beleza!  N o amor, alguns fogem do que é trivial   Fugindo do sentimento, nao sabem   Que nessa benção que se mantém a leveza.     Por te amar, meu coração cria os ventos frios   Nas noites solitárias de murmúrio do luar...   E por metáforas vou seguindo   Até o amor se acabar .       CARMEM TERESA ELIAS   / ROMA MAGELA