A SAUDADE É UMA CRIANÇA


A saudade é uma criança

 

Assamos o pernil.

 Gelamos o champagne e postamos a mesa,

Como se fosse uma oração...

 Poesia de Natal, talvez, mas foi que Deus serviu.

 

Adulei as crianças!

 Sorri mais do que devia...!

 Corri pelos cômodos da casa...

 A procura de mais ternura e emoção.

 

Tive em mim mais um pecado: a ansiedade

 Por ver aqueles rostos se alegrarem mais uma vez!

 Por ver os mais velhos soltarem suas lágrimas,

 Como se estivessem alimentando-se de perdão.

 

E por dentro, a cada laço que destrançava dos presentes...

 Abraçava-te em cada um deles. Na boca o gosto do creme de avelã e panetone

 Misturado ao peru assado, servido com frutas em caldas...

 Para adoçar uma imensa saudade.

 

O olhar perdido junto a arvore de Natal, para lembrar-te dizendo:

 Não haverá caixa fechada que um sorriso não abra.

 E, depois de aberto, uma voz de longe vir respondendo:

A saudade ainda é criança e com presente se encanta!

 

De Magela e Carmem Teresa Elias.

 

(Não somos os seus poetas, mas apenas crianças. Em quatro anos, mais de 1500 textos em parcerias. Uns descrevendo o amor impossível, o amor possível, metáforas e personificações... Outros explorando as faces de um cotidiano. Por serem tantos, separamos cem e denominamos os achados em: "Poesia do Baú". O texto acima trata do Natal e marca a época em que brigamos por causa de um virus no computador. Ela achando que fui eu o culpado é claro! O ensejo terminou com esses versos de paz). Mais uma vez agradecemos a oportunidade e a participação de nossos leitores. Mesmo que não haja presentes, não se esqueça: é Natal. Feliz Natal!

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