BENÇÃO
Vivo em mundo vago
Proclamando incertezas ...tulipas negras !!
Melhor ser livre, sem sentidos estabelecidos, sem clareza.
Vivo sem você e de saudades acho até que até a saudade já
morreu.
Parece inconsequente, apresentar-me assim
Reclamando sua ausência
É aí que apelo aos títulos, grandiosos,
Buscando raridades na beleza maiúscula das tulipas
Flores que nunca vi
Amor que nunca vivi
Corpo, conteúdo, diferenciação !
Fazendo poesia da inconveniência da solidão!!
O que quero é falar de amor
Do meu amor
Por demais igual...
Imenso, pequeno, feio , bonito, igual a todos.
Amor igual a qualquer jardim
Junto a margaridas, rosas, pinhas e marmelos
Para que não se pense que esqueci a nuance especial da
solidão da tulipa
Para que não se pense que eu não estou só por ali...
Lendo, escrevendo, traduzindo lugares
Para não fugir jamais do lado seu
Para que a primavera não me prenda em Holandas
Para que a chuva não se atenha a vidraças
Para que o amor não se crie em metáforas,
Proclamo incertezas
Como em benção se
proclama o corpo e a alma do amor
!!!
Carmem Teresa Elias e Roma Magela
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