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ÂMBAR

Perder-se-iam os prantos Enquanto os prantos eram macios... Da criança, diriam, que o chorar se fazia pelas coisas mais tolas. Mas são nos troncos que se guardam esses prantos São prantos do âmbar Duradoura seiva do coração dos meninos. Quando o amor se cristaliza, Das desavenças desmortalha-se a resina. Todo pranto vertido e contido Brilha, transparece, amadurece Na face fina, no olhar macio No colo limpo Em que homem e mulher se fazem abrigo Ao suor, à lágrima, ao beijo sentido. Quando se ama Todo sorriso é um sorriso macio Reserva e essência dos pinheirais É coração de menino Resina, que não se desmancha, não se perde jamais.

DESMAIAR COM UM BEIJO QUE DÓI TANTO

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Desmaiar com um beijo que dói tanto Bom dia, ausência! Por que será que essa angustia nunca chega! Às vezes, a saudade dói tanto Que dá até vontade de bater! Mentira! É só presunção... O que terá a dizer? Inventará desculpas, talvez... E trará mais chocolate, então? Melhor ficar calada... Fingir que a mágoa não importa nada. Seguir conselhos de amigas, Nem perguntar do atraso. Ai, que abstinência! Angústia da cama vazia... Vontade de rebater este pranto E desmaiar com um beijo que dói tanto.        Carmem Teresa Elias e De Magela ( composição em parceria poética on-line)

ABSTRAÇÃO DO SAL

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Abstração do sal Teus beijos trazem uma dor inserida... Na intenção de outros beijos excedem ao amor, Causando com versos outra ferida. Sem explicar porque morrem depressa, Tocando lábios com textura incerta, Trazendo mil vontades; brisa encontrando a porta aberta... E o tempo passando, tal qual, fera embravecida, Quanto mais o coração vai pedindo calma é que se destranca a vida. E pela falta de harmonia, carinhos se comprimem numa espera tão sofrida. E teus lábios vêem morrendo a vontade na abstração do sal, Fazendo que minha boca envelheça esperando sua chegada, Sem tempo de entender porque te amar faz bem e mal.                        Carmem Teresa Elias e De Magela  ( v.2)

DOIS ESPETÁCULOS E UM ENCONTRO COM O MAR

DOIS ESPETÁCULOS E UM ENCONTRO COM O MAR                        (Um comentário crítico e comparativo sobre dois eventos artísticos )                    por Carmem Teresa Elias reeditado em 28/08/2011 Duas obras artísticas atuais em exibição no Rio de Janeiro são muito felizes na utilização da temática do mar na construção e desenvolvimento de suas metáforas cênicas: o filme “Árvore da Vida” e o espetáculo " Sem Mim " do consagrado grupo de dança O Corpo . Em ambos, o desenrolar de expectativas, sentimentos, buscas, frustrações, encontros,desejos,amizades, amores, questionamentos mais desconhecidos e inquietantes com  indagações e respostas, enfim, elementos que permeiam a natureza humana, alcançam e realizam uma expressão libertador...

EM REVERÊNCIA

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Acordei cedo Em gesto de reverência à vida Queria ver como as flores Despertam e saúdam seu dia As flores, tão mais belas, tão mais jovens, Nem sentiam que eu estava ali Só sabiam sorrir para Ele... E fiquei só, na compreensão do momento Mas ele sempre fica longe, tão longe do alcance E do sentir...Aos poucos fui recebendo o perfume Das flores, recolhendo, respirando Ao fim do dia, Virei fragrância de luz Mar beijando o crepúsculo!

EXPRESSÕES, E NADA MAIS...

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Não vai ser pera doce, não.. Estamos feitos ao bife Voltando à vaca fria, Você deu uma de barata tonta e me deixou com um balde de água fria Fiquei de mãos a abanar cabeça de alho choco e uma imensa pedra no sapato Até descalçar essa bota e ter pernas para andar vou indo em frente com cabeça , tronco e membros E pode tirar o cavalinho da chuva.... Se você vai passar-se dos carretos, ou se vai aos arames, Não engulo mais os sapos nem meto os pés nas argolas Simplesmente use as pernas para andar!!!!!! ou não vai jamais sair da corda bamba....

CAFÈ NOIR ..RENOIR

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.RENOIR... Carmem Teresa e Walter de Arruda Não... Não consigo Por mais que faça Desviar teus traços, Musa Minha que desejas tanto me amar E na tela que emerge entre as águas De tuas lágrimas, nosso pranto Surge imenso, doce e, belo Nosso Amor em luz É claro e nunca Poderá existir No nosso SER *** Telas de Renoir google/imagens Carmem Teresa Elias e Walter de Arruda www.poesiasdecarmemteresa.blogspot.com www.poetasdelmundo.com/verinfo.asp?ID=7316