ESSE MAR QUE ME BANHA

Esse mar
Que me banha e me salga
Não é mais só o meu...
Vem de longe...
Trazendo talvez uma lágrima
Um sorriso... um poema...
Vidas e segredos de alguma outra praia.
Que me banha e me salga
Não é mais só o meu...
Vem de longe...
Trazendo talvez uma lágrima
Um sorriso... um poema...
Vidas e segredos de alguma outra praia.
Vem me banhar
Da solidão despovoada das ilhas
Da angústia das almas náufragas na vida
Da mágoa da ostra por sua pérola ferida...
Vem de longe
De um passado anterior a mim
Vem me banhar
Da memória molhada do Tempo
Vem me trazendo a vida
Em suas ondas como quanta
Buscando meu toque, meu olhar,
Para a outras praias também me levar.
Essa história imensa me abarca
Um infinito clama por minha alma
E meu sonho se desfaz em grão de areia...

Esse seu texto é dos meus favoritos....
ResponderExcluirIgnez
É possível imaginar que estava certo Jung, reproduzindo os alquimistas medievais, em seu conceito de "unus mundus", essa unidade transcendente que nos liga a todos os elementos do universo. Magnífica retomada do tema, principalmente, em "memória molhada do Tempo."
ResponderExcluirEliane F.C.Lima
Venho
ResponderExcluirDe outro universo
Cantando tuas canções
Que ainda não conheces...
Sou
De uma praia
Onde a areia é água
E a água é o quanta sereno
Onde vivo meu sonho...
Vivo
Dos teus sonhos
E sou feito de tua argyla
E quando nossas mãos se tocarem
Um eclipse será inevitável
Choque de praias
Beijos de luzes
Mundos e Amor
Eternidade...