AS FLORES DA SAUDADE Em miúdos toque... Em suave aproximação... Pequeninas gotas repousam silenciosas Em minha janela. Tímidas, fazem-me convites E provocam despertares inconscientes. Chove bonito... Chove em paz... Lá fora, um brilho de verniz Emana da paisagem. A catedral, o rio, Os casarões adormecidos, Os morros floridos por árvores roxas... Tudo Resplandece. As flores da Quaresma E até mesmo os telhados velhos Cintilam úmidos Revestidos de súbita mocidade. Os sentimentos, as cores, a natureza, as flores, Às vezes, se combinam. Há flores que não comportam o peso das gotas, Vencidas... Trêmulas... Deixam escorrer por suas pontas Suas muitas águas acumuladas. As flores têm cor de saudade... A chuva tem luz de novas idades, E os meus olhos, comovidos, Se desmancham diante dessa fragilidade. Não sei se chove a chuva Ou se chove eu mesma. Há sentimentos que chegam também de mansinho. Chegam bonitos... Chegam em paz... Consola-me saber Que assim como as flores Despencam...
Carmem,os canticos tribais ecoam em seu texto e ainda são sentidos pelo mundo remanescente.
ResponderExcluirmario
Prezada Carmem!
ResponderExcluirVim retribuir sua visita ao meu blog e fui surpreeendido pela beleza do seu - em estética e conteúdo. Parabéns!
Quanto ao comentário que fez em meu blog, realmente ficou trocado, de texto, e eu ficaria muito honrado se você o repetisse, uma vez que, dessa forma, eu não pude publicá-los.
Aceite meu fraternal abraço,
Carlos Morandi
Esse é muiito legal Podem ter tambem outros
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