O AMOR E A ENTREGA
De que servem os meus versos
Se não para entender
O amor e a entrega?
De que serve o que eu te digo
Se o avesso de minha voz
É o que embarga o teu grito?
Um silêncio nos une
Do outro lado de qualquer palavra
Quando não se entende
O que até a beleza unânime explica:
Como uma rosa diante da lua
O efêmero e o permanente caminham
Lado a lado como em um beijo
É que à noite, a agonia torna-se branca...
No corpo de mulher, é entrega
No coração do homem, é amor
Ao avesso, a beleza ilumina sua própria dor,
Efêmera ou constante
Como o medo ao espinho , ou o céu a um delírio .
Mas de que serve o que te digo ?
Se a palavra nos une e, ao avesso da noite,
Seus olhos me cobiçam e seus lábios me beijam!
Para entender a entrega e o amor
Tu me trazes rosas efêmeras em noites de luar
E eu componho versos, permanentes e brancos.
Ao avesso, essa dor caminha unânime,
Lado a lado ao silêncio e ao grito
Que embargam qualquer palavra que eu te digo.
Tudo tão lindo...A Poesia, o cenário, a ilustração... Parabéns!
ResponderExcluir