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UMA PAZ PROMETIDA

  UMA PAZ PROMETIDA                                                                         CARMEM TERESA ELIAS Desde a invenção da imprensa por Johannes Gutenberg em 1450, uma difusão   do acesso à educação e ao conhecimento tornou-se tema progressivamente acirrado com vistas a assegurar o acesso a um aprimoramento intelectual, cultural, emocional e comunitário. No primeiro momento, a Bíblia foi dos primeiros livros a serem impressos em maior quantidade. E a ciência juntamente com o Renascimento e suas artes vieram logo atrás. A área de Humanas — Artes, Literatura, Filosofia, entre outras—constitui uma das etapas de conhe...

ABANO LÉQUIO

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Das Histórias de família, conta-se na minha a de um famoso leque de marfim e plumas com o qual uma antepassada foi ao último baile do Império, na ilha Fiscal. O objeto, que nunca vi, tornou-se lendário na minha infância. ‘Quem afinal herdou o leque?’ era o que a menina curiosa que sou (ainda)  queria desvendar. Não sabemos. Tivemos na família viscondes e viscondessas, cujos retratos pintados estão até hoje em museus e igrejas do Rio e de Petrópolis.  Lembrei-me do leque ao assistir à ópera Tosca no Teatro Municipal de São Paulo. Na peça, um leque é o objeto-armadilha que instiga uma falsa traição,  armada para causar ciúmes e delatar o paradeiro secreto de um procurado. Há semelhanças entre o leque em Tosca e o lenço roubado em Othelo de Shakespeare. Simples objetos femininos, fáceis de serem esquecidos, achados, perdidos, porém capazes de serem manipulados para despertar ciúmes e culminar nas tragédias e mortes literárias. Simples objetos para deflagrar temas universais ...

Projeto ANLPPB - Núcleo RJ - Lar de Francisco

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Madrugada fria

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MADRUGADA FRIA Imagem google

SUBLIME

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SUBLIME Sublime é uma gota de chuva Quando, entre as milhões que caem das vastidões, Encontra repouso no caminho vazio de minhas mãos Sublime é uma rosa branca, desprendida e sem sustento, A vagar, linda e serena, pelo mar que não lhe pertence E na areia vem dar-se de encontro ao exíguo espaço lento de meus passos Sublime é o olhar manso de feras sem as lutas escaldantes Noites de espera plana para saciar a fome de vida ou morte Entre combate e o desespero dos homens em fuga pelas savanas Sublime é o golpe de azul a contornar olhos cegos Confronto ao azul inexistente de céu À fúria do mar e ao perfume de açucenas raras Sublime é entender que nem tudo é bem. Nem tudo é mal... Todas as vezes em que alguém  olha assim Também tristonho Também solitário, também cego de soluções Compreendo o dimensão íntima desse indizível azul... E à compaixão  entrego minha alma em  esperança e dor Carmem ...

PARCERIAS.. COMO AS FAZEMOS... HÁ UMA PORTA !

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   Essa é um pergunta muito constante entre as que nos fazem. Várias são as respostas. As vezes juntamos versos já prontos .. As vezes juntamos emoções. As vezes juntamos palavras; outras vezes juntamos alegrias ou  dores.   Eis como Há uma Porta surgiu... E de nossa segunda poesia que deu certo em parceria, chegamos à realidade concreta de uma obra ... Seguem a versão original de  Magela , depois a versão original de  Carmem, e a versão da parceria nesta mesma postagem... Deveria haver uma porta * Deveria haver uma porta Que eu pudesse abrir, Me transpor Só para estar do seu lado * Uma passagem no tempo Como um momento sublime Força do pensamento Algo, por nós codificado * Camélia em meus sonhos: absinto. Rastro de flores num quarto fechado Sonho com alegria Quero estar do teu lado * Perfuma-me o tempo Abro esta porta Minha vida é um pensamento Que a realidade conforta * Momento encantado De tola ...

Sussurro

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Sussurre no ouvido o que aceita Das rosas doces que em meu peito queimam Aquela palavra pequena que tanto nos rodeia Esta entremeia sem medos Pétalas que guardam segredos: Nem tudo se diz Nem tudo se deixa ouvir Reparou as labaredas em chamas? Chegam em tranças Pétalas de ar e ardor No perfume ínfimo da paixão Vê ! Pegue uma pétala Uma flecha de fogo Uma palavra apenas Desmanche esse segredo Que enlouquece o coração Antes que termine o seu sussurro E a doçura da flor Consumida no silencio da chama CARMEM TERESA ELIAS Livro: CLAMOR: POESIA EM VERSO (2014)  (TEXTO E FOTO)  todos os direitos registrados